Cybermazônia é um conceito que pertence ao amazofuturismo, e significa a conexão entre todas as formas de vida existentes no Bioma Amazônia. Essa conexão não é apenas ecológica ou acadêmica, ela existe realmente na forma da rede de micélios, uma espécie de internet de fungos que interliga plantas e árvores, trocando informações e nutrientes, e influencia todo o ecossistema.
A rede de micélios é fundamental para entender o conceito de Cyberamazônia. Essa troca de informações que existe de verdade entre os seres vivos microscópicos e macroscópicos da floresta Amazônica, por exemplo, lembra muito o fluxo de informações da rede mundial de computadores, ou a maneira como as inteligências artificiais funcionam. Por essa razão, o termo Cyberamazônia foi criado.
A palavra cyber é uma redução de cibernética, e a cibernética foi pensada em 1948 pelo matemático Norbert Wiener para designar o controle de sistemas de informação. Em resumo, a cibernética pode ser considerada como o retorno de informações do sistema para o próprio sistema, regulando-o.
Na série de livros Amazofuturismo, a Cyberamazônia é essa conexão entre os seres, a troca de informações entre eles, e a capacidade de uma consciência humana viajar por essa rede, se integrando ao todo. Os personagens preparados podem, então, ter contato com o conjunto de vidas interconectadas da rede de micélios. Essa rede é chamada de Grande Consciência Verde, e ela existe para garantir a perpetuação da própria vida do Bioma.
O conceito foi criado em 2021 pelo escritor de ficção científica Rogério Pietro, e foi apresentado pela primeira vez no conto Amazônia Viva, que faz parte da série Amazofuturismo. Assim, o futurismo indígena que é um novo integrante da ficção científica brasileira surge como algo inovador e expande suas fronteiras para além do que existia antes, sempre com base na Ciência.
Conheça os livros da Série Amazofuturismo e ajude a promover a cultura e as ideias da Cyberamazônia.